Leonardo Rodrigues na Folha de São Paulo
12.01.09
Cinco Histórias
Engenheiro faz de sua história engrenagem
de soluções para a mobilidade reduzida.
domingo, 21 de dezembro de 2008
Quando ficou tetraplégico, há 12 anos, o empresário Leonardo Rodrigues da Silva, 36, estava cursando mestrado em inteligência artificial.
Depois de sua reabilitação, que durou cerca de um ano, trocou de área e foi para a engenharia biomédica. “Nesse mestrado, desenvolvi um sistema ‘eletroestimulador’ que controla a quantidade de estímulo no músculo para fazer o movimento que eu quero”, conta.
A dissertação, defendida em 2002, foi apresentada em um congresso em Viena, na Áustria, dois anos depois. “Um especialista disse que nunca tinha visto nada igual e perguntou se eu tinha o produto desenvolvido comercialmente. Nasceu ali a BioSmart.”
Ter o sistema reconhecido internacionalmente, contudo, não garantiu a Silva uma fartura de investimentos. Pelo contrário, o empresário conta que buscou muitos parceiros e, sempre que explicava o produto, era tido como um maluco.
“Eu poderia ter feito uma parceria com o especialista estrangeiro, mas queria que o equipamento fosse nacional.”
Sonho incubado
Em busca do seu sonho, Silva montou a empresa na Incubadora Tecnológica de Curitiba e, desde então,vem desenvolvendo aparelhos que ajudam na reabilitação de pacientes com mobilidade reduzida.
“Temos o BioFeed, que lê os movimentos da pessoa. Ele já está sendo exportado. Mas o aparelho que deu origem à empresa ainda não está pronto.”
Com uma equipe de cinco pessoas e dois sócios, Silva comenta que só agora está conseguindo ter retorno no negócio — mas não especifica números.
“Estamos trabalhando em oito produtos e temos garantido um aporte da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos).”
• Veja a versão em PDF da reportagem.
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